Alterações constantes do sono e do ritmo circadiano afetam as células pancreáticas que secretam insulina.
Essa condição resulta em menor produção de insulina e consequente aumento de açúcar no sangue, com possível surgimento de diabetes.Pesquisa publicada na revista "Science Translational Medicine" mostra as condições adversas para o metabolismo humano provocadas pela restrição ao sono e pelas alterações do ritmo circadiano, o ciclo que controla as variações biológicas do organismo nas 24 horas do dia.
Orfeu Buxton e colaboradores da Faculdade de Medicina de Harvard analisaram as alterações, que também simulam o "jet lag", a fadiga após longas viagens aéreas.
Durante seis semanas, um grupo de pessoas sadias foi estudado. Inicialmente, dormiram as horas normais de sono, passando depois a um período de três semanas com restrição de sono e interrupção no ritmo circadiano, como ocorre em trabalhadores que alternam sua atividade em turnos diurnos e noturnos com frequência.
Além da menor produção de insulina, foram observadas também alterações metabólicas e aumento de peso.
As alterações apresentaram regressão rápida -em pouco mais de uma semana, ou nove dias- após o sono voltar ao normal e o ritmo circadiano ficar estável.
Por isso, para pessoas com atividade profissional diurna e noturna intercalada, recomendam trocar o turno a cada mês em vez de apenas com poucos dias de intervalo.
" Folha de São Paulo - 15/04/2012 - Seção Plantão Médico - Autor : JULIO ABRAMCZYK - Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. "